Atenção especial é dada às questões de treinamento, oferecendo curso básico de primeiros socorros e de combate a incêndio.
No caso da Segurança, uma das prioridades é a elaboração de um plano de emergência voltado para cenários internos, como incêndio ou invasão de malfeitor.
A prática de elaborar Planos de Emergência ainda não é disseminada no Brasil. A Fundação Bio-Rio tem desenvolvido uma metodologia para a elaboração de Planos de Emergência que, em linhas gerais, preenchem a seguinte estrutura, como exemplo uma escola:
Comando – assumido por um professor com treinamento, uma vez diagnosticada a emergência; Cabe ao Comando acionar o Plano de Emergência.
Comunicação – assumido por professor ou funcionário que mobiliza os recursos de comunicação da escola. Cabe à Comunicação a tarefa de manter o contato com as autoridades públicas e pais-voluntários. No Plano, os pais de alunos são orientados a não ligarem para a escola, em caso de emergência, de modo a deixar o telefone da escola livre para se comunicar com as autoridades responsáveis pelo resgate. Alternativamente, o núcleo da comunicação entre escola e pais de alunos é transferido para os pais – voluntários, que se organizam nesta tarefa de manter unidos e informados os familiares dos estudantes.
Zelador – assumido por funcionário da escola, responsável por abrir os portões da escola para facilitar a evasão, bem como desligar pontos de gás, energia elétrica e água, de acordo com o plano acionado. Cabe ainda ao Zelador vistoriar banheiros e outros locais em busca de alunos que estejam fora da sala de aula.
Professores – cada professor deve cuidar do plano de evasão de sua respectiva sala de aula, encaminhando seus alunos para o Ponto de Encontro.
Recepção – assumido por professor, funcionário ou pai-voluntário, com a tarefa de recepcionar os pais de alunos, evitando tumulto na frente da escola, ou interferindo com a atuação das equipes de resgate.
Um aspecto essencial é a realização de exercícios simulados. Deve-se ressaltar que esses exercícios possuem uma função pedagógica, no sentido de incutir na mente das pessoas um sentido de resposta à emergência e a mentalidade de Defesa Civil. Portanto, ainda que o cenário seja pouco relevante, a utilidade para a formação de um cidadão é inestimável, se levarmos em conta que esta criança jamais esquecerá este evento, com a participação da indústria e do Poder Público, levando a experiência por toda sua vida.
A formação de uma mentalidade de Defesa Civil exige uma metodologia específica. Geralmente ensinamos a nossos filhos e alunos que eles precisam estudar para ser alguém. Mas raramente, dizemos que eles precisam estudar para SERVIR. Por este motivo, a Fundação BioRio aplica uma metodologia baseada no Aprender e Servir, de acordo com o seguinte modelo:
Associar uma ação educacional (treinamento) a um serviço comunitário (Monitor de Rua ou Voluntário da Defesa Civil);
Interagir “instrução” com “reflexão”, enriquecendo a experiência de aprendizagem, a responsabilidade cívica e o fortalecimento dos laços comunitários.